1. Faça uma entrevista cuidadosa com o candidato à adoção a fim de
verificar se o mesmo tem condições de tutelar o animal, inclusive indo
ao local onde ficará o cão ou gato. Não entregue o animal sem que o
adotante tenha respondido a um Questionário de Adoção e assinado um
Termo de Responsabilidade. Modelo destes documentos pode ser baixado
clicando-se aqui. O termo, além de representar certa proteção jurídica
ao animal, tem um efeito psicológico importante junto ao candidato ao
reforçar a seriedade do ato de adoção e do comprometimento com o animal.
Estas medidas buscam evitar que estes sejam vítimas de crueldades,
sendo adotados para rinhas, procriação, venda, rituais, etc. Imprima a
página sobre Adoção Consciente do Olhar Animal, para entregá-la ao
candidato.
2. Se o adotante declarar que deseja animal não castrado,
busque conscientizá-lo sobre a importância da esterilização. A ação
educativa é tão essencial quanto a de castração. O Olhar Animal remete
mensagem automática sobre o tema a todos que nos enviam este Formulário
de Adoção, mas é importante reforçar. E jamais doe um animal não
castrado.
3. É bastante comum o pedido de animais de raça. Os motivos
variam, algumas vezes a referência é feita pelo candidato apenas para
indicar o porte desejado. Outras, para indicar o tipo de comportamento
esperado. Mas é comum estar ligada exclusivamente a aspectos estéticos.
Isso se deve à falta de consciência e sensibilização dos adotantes para o
valor intrínseco dos animais. E isso só mudará pelo trabalho
educacional, pela mudança de valores. Portanto, considere estes pedidos
como, no mínimo, uma boa oportunidade para a conscientização. Muitos são
bons adotantes. Inclusive, vários tem sido os casos em que, após uma
boa conversa, o candidato resolve adotar um SRD. O Olhar Animal indica a
leitura de artigos sobre o tema a todos os candidatos que pedem animais
de raça.
4. Caso o candidato declare ter havido a morte de outro
animal, informe-se detalhadamente sobre o motivo do óbito, prevenindo
futuras contaminações por doenças como cinomose e parvovirose, sendo que
no caso desta última o vírus sobrevive no ambiente por um período
superior a 6 meses.
5. Esclareça ao adotante que a aplicação de vacinas
polivalente e antirrábica deve ser anual. É comum acreditarem que, ao
receberem um animal vacinado, nunca mais terão que vaciná-lo.
6. Tenha cuidado especial com pedidos para filhotes de gato
todo preto (usado em rituais, especialmente os não castrados) e
qualquer animal de raça não castrado, para que não seja usado para
procriação. Gato todo branco também é usado em rituais, com práticas que
vão do corte das orelhas ao sacrifício.
7. Não permita que o internauta adote um animal para
entregá-lo a terceiros sem que a pessoa que vai receber o cão ou gato
saiba desta intenção. A surpresa pode resultar em abandono ou outros
problemas, seja pelo desconhecimento que o verdadeiro adotante tenha
sobre aspectos da guarda responsável, ou mesmo por ele simplesmente não
desejar o animal.
8. Se o candidato for menor de 18 anos, sempre fale com a
pessoa responsável por ele. A responsabilidade civil e criminal sobre o
que ocorrer com o animal após a adoção será desse responsável, não do
menor.
9. Se o animal for viver em um apartamento ou mesmo numa casa com janelas altas, verifique se essas estão com tela de proteção.
10. Finalmente, sempre esclareça ao candidato que animais
não são objetos. São seres sensíveis e com consciência própria, não um
produto que pode ser trocado ou jogado fora ao apresentar “problemas” ou
tornar-se “obsoleto”
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